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90% dos LGBTs encaminhados para casa de acolhida são expulsos por pais fundamentalistas

O coordenador do Centro LGBT de João Pessoa, Roberto Maia, comentou que das pessoas que são encaminhadas pelo órgão para casas de acolhida, 90% são de pessoas expulsas de casa por pais extremamente fundamentalistas.
Maia destacou que esses pais falam que os filhos ou filhas estão com “o demônio no corpo” e expulsam essas pessoas de casa. Eles ficam, então, em situação de rua.
“Estamos vivendo em um local onde a religião não trabalha para inclusão, mas exclusão das pessoas. Não é da religião. Jesus, Oxalá, qualquer líder vem pregar inclusão, temos uma distorção da religiosidade nesse sentido e as pessoas tem que ser incluídas na família, na igreja e na sociedade”, disse.
Um dia antes de o Supremo Tribunal Federal (STF) retomar o julgamento da criminalização da homofobia, avançou no Senado uma proposta para incluir na Lei de Racismo a discriminação por orientação sexual ou de identidade de gênero. O PL 672/ 2019 foi aprovado nesta quarta-feira (22) em caráter terminativo na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Porém, como o texto aprovado é um substitutivo, ainda precisará passar por turno suplementar na CCJ.
Maia lembrou que a Paraíba ainda é o segundo lugar em crimes contra LGBTs, apesar das políticas de inclusão, “ainda vivemos em uma região do país que tem muito preconceito e machismo. Isso faz com que as pessoas morram pelo simples fato de ser gay, pelo simples fato de não ter a orientação sexual ou identidade de gênero heteronormativa. Temos muito isso numa sociedade machista e patriarcal”, finalizou.
Marília Domingues/ Felipe Nunes




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