IBGE: Com a alta nos preços dos alimentos, a inflação chegou a 0,4% neste mês

Pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) constata que a prévia da inflação oficial brasileira avançou 0,45% neste mês, devido a alta dos preços dos alimentos. O índice foi divulgado nesta quarta-feira (23).
Desde o início da pandemia do novo coronavírus, o avanço de 0,45% também representa a maior variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15). E para o IBGE, isso é reflexo da alta de preços de seis dos nove grupos pesquisados. O maior destaque ficou com os alimentos.
De acordo com o IPCA-15, a inflação do grupo de alimentação e bebidas foi de 1,38%, puxada, sobretudo, pela alimentação no domicílio, que acelerou de 0,61%, em agosto, para 1,96% em setembro. A alta, de acordo com o IBGE, reflete o aumento de preços de produtos essenciais para a mesa dos brasileiros, como tomate (22,53%), óleo de soja (20,33%), arroz (9,96%), leite longa vida (5,59%) e carnes (3,42%). Só o arroz acumula avanço de 28,05% neste ano.
A alta da inflação é resultado também do reajuste no preço da gasolina, que subiu 3,19%, no terceiro mês consecutivo de elevação; o aumento das passagens aéreas, que atingiu 6,11% após quatro meses de queda; e a variação de preços de artigos de residência (0,79%) como TV, som e informática (2,04%) e eletrodomésticos e equipamentos (0,66%), que têm sido influenciados pela valorização do dólar.
Os planos de saúde e vestuário, que ficaram mais baratos, influenciaram na contenção do avanço do IPCA-15. Os planos tiveram uma redução em seus valores de 2,31% por causa da decisão da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) que suspendeu os aumentos o fim de 2020. Já o setor de roupas recuou 0,31% em seus preços.
No levantamento, o IBGE aponta que todas as regiões brasileiros sofreram com a alta da inflação no início de setembro. Segundo o Instituto, o Centro-Oeste obteve as maiores variações. Por exemplo, em Goiânia, o IPCA-15 subiu 1,1%, devido a reajustes mais acentuados nos preços da gasolina (8,19%) e do arroz (32,75%). Na Capital Federal, o índice também ficou acima da média nacional, de 0,45%, marcando 0,7%.
O IPCA-15 acumula alta de 1,35% neste ano, devido a variação de 0,45% em setembro. Nos últimos 12 meses, a elevação é de 2,65%. A maior parte dessa variação foi sentida nos últimos três meses, já que, no início da pandemia, a inflação estava em baixa. Segundo o IBGE, o IPCA-15 acumulado neste trimestre foi de 0,98%, acima da taxa de 0,26% registrada em igual período de 2019.

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