Opinião: O “Fora Bolsonaro” é tão nocivo à saúde pública quanto o “Eu autorizo, presidente”


 O fato é que qualquer manifestação de rua, neste momento em que se ergue uma terceira onda de contaminação do coronavírus, mais do que um equívoco, é uma afronta aos esforços hercúleos dos profissionais de saúde para salvar vida; um desrespeito às famílias de quase meio milhão de brasileiros mortos pela Covid-19.


Uma ideia de jerico, esta convocação dos movimentos sociais, dos setores progressistas, de esquerda ou coisa que o valha, para que, no próximo sábado, todos saiam às ruas do Brasil para pedir o “Fora Bolsonaro”.Além, é claro, de um tremendo desserviço à sociedade brasileira.

Faz sentido, mas…
Como assim, cara-pálida? Aglomerar em plena terceira onda e no pico de uma pandemia que põe o planeta em xeque e faz do Brasil o epicentro da contaminação do coronavírus para o resto do mundo?

Nada mais oportuno neste momento de tanta infelicidade para o nosso Brasil – de ser governado por um descontrolado e insensível à vida – do que um “Fora Bolsonaro”. Desde que não promova aglomerações. A vida é o bem maior e está acima de qualquer outra aspiração do ser humano.

Nem que fosse Bolsonaro presidente e o Capeta vice-presidente, se justificaria tamanha aberração, que é esta de convocar uma aglomeração nacional para o próximo sábado, como quem desdenha da situação sanitária do Brasil e do mundo.

Será que os idealizadores desse ato pensam que o vírus escolhe lado, partido e ideologia? Afinal, os segmentos que agora convocam o povo para ir às ruas são aqueles mesmos que se diziam indignados com as manifestações do “Eu autorizo, presidente” de profunda semelhança com as manifestações fascistas.

A questão não é a causa. Não interessa se é de direita, de centro, de esquerda, nazista, fascistas e outros “istas”. A questão é que o momento crucial porque o mundo – e sobretudo o Brasil – passa diante do maior de todos os adversários: o inimigo letal chamado coronavírus.

PB AGORA




FALA PARAÍBA-BORGES NETO

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