VEREADOR COBRA EXECUÇÃO DE LEIS QUE BENEFICIAM PESSOAS COM SÍNDROME DE DOWN

 

Durante a sessão ordinária da Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP) desta terça-feira (25), o vereador Marmuthe Cavalcanti (Republicanos) questionou a concessão do selo Amigo do Autista e T21 ao prefeito Cícero Lucena (PP). A homenagem aconteceu no último domingo (23), no Centro Cultural de Mangabeira, durante mais uma edição do Tardezinha Inclusiva.

“Eu sou pai de uma criança com Síndrome de Down e me pergunto porque a Gestão Municipal foi considerada amiga da T21 (trissomia do cromossomo 21). Que ação a Prefeitura fez para merecer esse reconhecimento? Pelo que sei, nenhuma política pública foi empreendida para gerar respeito e inclusão para pessoas com Síndrome de Down, principalmente as crianças”, criticou o parlamentar.

Marmuthe Cavalcanti cobrou a execução de leis de sua autoria que beneficiam pessoas com Síndrome de Down e, segundo ele, não estão sendo cumpridas. “Temos uma lei sancionada em 2017 que torna obrigatória a realização de exames de cariótipo e ecocardiograma em recém-nascidos com sinais cardinais indicativos de Síndrome de Down. Nossa Capital saiu na frente com essa legislação, que não está sendo cumprida”, lamentou o autor da norma.

O vereador afirmou que destinou recursos através de emenda impositiva, no valor de R$ 95 mil, para garantir a contratação de um laboratório especializado na realização desses exames. “Eles são fundamentais para garantir o diagnóstico da trissomia do cromossomo 21 e permitir que a família se prepare para acolher a criança com Síndrome de Down, dar os estímulos corretos, a assistência necessária”, explicou, informando ainda que outros R$ 58 mil foram destinados ao Hospital Universitário para assistência de pessoas com T21.

“Os números são preocupantes. Aqui, a cada dez mil partos de mulheres acima dos 35 anos, 15% têm risco de ter crianças com Síndrome de Down. A cada dez mil nascidos vivos por ano, de 30 a 33 bebês têm Síndrome de Down. É um número preocupante, porque não temos uma cidade preparada para isso”, alertou.

“Não vejo porque a Gestão Municipal ser considerada amiga da T21. Só porque realiza uma tarde de recreação por mês para crianças autistas e T21? É uma ação importante, mas, precisamos promover um debate para garantir políticas públicas que favoreçam essa população, precisamos cumprir as leis e executar os recursos para merecer esse tipo de homenagem”, concluiu.

Fonte: Ascom CMJP

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