Haddad minimiza desidratação do pacote de gastos no Congresso, e acena com novas medidas

 


O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, estimou nesta sexta-feira (20) que o pacote de cortes de gastos, mesmo desidratado durante sua tramitação no Congresso Nacional, ficará próximo do estimado pela área econômica.

Segundo ele, o Congresso Nacional atendeu, dentro das suas possibilidades, “em um prazo curto de tempo”, um resultado preliminar “muito interessante”, o que foi possível.

O titular da Fazenda também acenou ao mercado falando em novas medidas de redução de despesas no decorrer de 2025, sem detalhá-las.

“Fala-se em ‘desidratação’, mas havia expectativa de parte dos analistas que poderia haver ‘hidratação’ [aumento da potência dos cortes de gastos]. Os ajustes feitos na redação não afetam o resultado final. Mantém na mesma ordem de grandeza os valores encaminhados pelo Executivo”, afirmou Haddad.

O pacote de corte de gastos, enviado no mês passado ao Legislativo, contemplava redução de despesas de R$ 71,9 bilhões em dois anos (2025 e 2026).

De acordo com os cálculos da área econômica, após as mudanças feitas pelo Legislativo, a redução da economia será de pouco mais de R$ 1 bilhão.

Segundo o ministro Haddad, a principal perda com as mudanças feitas no Congresso Nacional é a manutenção das regras atuais de correção do Fundo Constitucional do Distrito Federal. O governo buscava limitar os valores nos próximos anos.

Novas medidas
Interpelado sobre o anúncio de novas medidas de revisão de despesas em 2025, o ministro Haddad afirmou defender que essa prática seja “permanente”.

“Acredito que o Executivo tem que ter como prática a revisão de gastos. Isso não pode ser uma coisa, ‘Ah, agora vamos começar a fazer’. Tem de ser uma rotina, por isso foi criada uma Secretaria, no Ministério do Planejamento, uma forma de trabalho [para revisar gastos públicos]. Isso não deveria ser algo extraordinário ou surpreendente”, declarou Haddad.

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