Vale aciona protocolo de emergência em barragem de Ouro Preto

A Vale acionou o protocolo de emergência na barragem Forquilha IV, localizada na Mina Fábrica, em Ouro Preto (MG), após identificar uma anomalia durante inspeção de rotina.
De acordo com a mineradora, o protocolo tem o nível 1. Segundo a ANM (Agência Nacional de Mineração), ainda não requer a evacuação da população na parte ou lado de baixo da barragem.
Em seu plano de ação de emergência para barragens de mineração, a ANM diz que um protocolo de emergência nível 1 caracteriza-se por uma situação quando detectada anomalia que resulte na pontuação máxima de dez pontos no estado de conservação da estrutura. Assim, é iniciada uma inspeção de segurança.
O nível 1 também diz que a anomalia pode ser qualquer outra situação com potencial comprometimento de segurança da estrutura. Caso o problema não seja controlado ou extinto, passa a ser classificada como nível 2, exigindo uma nova inspeção e intervenções a fim de eliminá-la. Nesse caso, já existe um alerta de prontidão para evacuação das pessoas para áreas seguras.
Se chegar ao nível 3, passa a ser considerada uma situação de ruptura iminente ou que está ocorrendo.
Segundo a Vale, a decisão de acionar o protocolo de emergência é uma medida preventiva e ocorreu depois de avaliação da própria empresa e acertada com órgãos de fiscalização externos.
"A expectativa é que se torne negativa a Declaração de Condição de Estabilidade (DCE) da estrutura", disse a Vale. A barragem de Forquilha IV não recebe rejeitos desde fevereiro deste ano.
A mineradora diz que o protocolo não vai impactar no plano de produção anual para 2019, previsto em cerca de 50 milhões de toneladas. A capacidade ainda está paralisada após a tragédia em Brumadinho (MG), em 25 de janeiro deste ano, que deixou um rastro de destruição na região e levou ao aumento nas restrições para a operação de barragens de rejeito de minério no país. Foram 237 mortos e 33 desaparecidos.
Na semana passada, a Vale voltou a registrar lucro, após dois trimestres seguidos de prejuízo depois de Brumadinho (MG). A empresa teve lucro líquido de R$ 6,5 bilhões no terceiro trimestre deste ano, um resultado 13,7% superior ao registrado no mesmo período de 2018.
No primeiro trimestre de 2019, o resultado havia sido um prejuízo de R$ 6,4 bilhões, e no seguinte, de R$ 384 milhões.
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