Governo vai anunciar 3 ou 4 'grandes privatizações' em até dois meses, diz Guedes

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta quinta-feira (6) que o governo irá propor, em até 60 dias, a privatização de três ou quatro grandes empresas públicas.
"Eu acho que o congresso estará ao nosso lado. O presidente estará nos ajudando com a coordenação politica", declarou. Porém, Guedes não citou o nome das empresas a ser vendidas.
Segundo o ministro, as privatizações são uma estratégia para melhorar as contas públicas e o perfil da dívida pública. Esses dois indicadores pioraram por conta dos gastos extraordinários com a pandemia do novo coronavírus.
"Temos menos tempo, perdemos um ano em termos de espaço fiscal, mas ganhamos milhões de vidas, a economia continuou com os sinais vitais preservados. Então, estou dizendo que o Brasil vai surpreender o mundo de novo. No ano passado, passamos uma reforma difícil [Previdência] e vamos surpreender neste ano, porque estávamos votando as propostas", declarou o ministro.
Questionado sobre a taxa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) prevista para 2021, Guedes estimou uma alta de 3% a 3,5% no período. O mercado financeiro estima uma expansão de 3,5% para a economia brasileira no próximo ano.
"Mas não gosto de previsões. O que podemos fazer é atuar como um bom jardineiro. Só podemos cuidar do jardim e esperar que as borboletas venham. Acho que o Brasil vai voltar logo, talvez mais cedo o que muitos países avançados", afirmou.
O ministro da Economia disse que o Brasil vai "surpreender o mundo de novo" e lembrou que, no ano passado, foi aprovada a reforma da Previdência Social. "O Congresso é pré-reformas e nos dará apoio. Estou otimista com o que acontecerá neste ano", declarou.
Guedes informou que o governo buscará aprovar no Congresso, em até duas semanas, o marco legal do gás natural. De acordo com o ministro, as novas regras promoverão "choque de energia barata" na economia brasileira.
Ele voltou a dizer que não haverá um aumento do nível geral de impostos com a reforma tributária, mas que podem haver substituições. "Se uma taxa aparece, é para substituir outra", declarou.
O ministro acrescento que, se a reforma provocar um aumento da arrecadação acima do previsto, as alíquotas serão posteriormente reduzidas.
Segundo o ministro da Economia, impostos sobre a folha de salários são uma "arma de destruição de empregos" e são a "taxa mais estúpida que pode haver no mundo". A área econômica tem defendido um imposto sobre transações financeiras para substituir a tributação sobre a folha de pagamentos.
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