Juros baixos e isolamento social turbinam mercado imobiliário na PB

Em tempos de pandemia, afetando saúde e economia, com queda brutal de empregos, renda e faturamento em diversas atividades, alguns setores parecem nadar contra a maré da retração. É o caso do mercado de imóveis, cujos indicadores não param de melhorar, mesmo após a chegada ao país da Covid-19. De acordo com o presidente do Conselho Regional dos Corretores de Imóveis 21ª Região (Creci-PB), Rômulo Soares, a procura por apartamentos em bairros nobres de João Pessoa desde o mês de julho teve um aumento em torno de 20% em relação a março, abril, maio e junho.
Segundo Rômulo o setor aposta numa melhora ainda maior das vendas, principalmente a partir de janeiro do próximo ano. Os condomínios mais caros da cidade estão nos bairros Altiplano Cabo Branco, Tambaú, Manaíra, Cabo Branco, Tambauzinho e Bairro dos Estados.

O reaquecimento do setor imobiliário na Paraíba também foi possível porque boa parcela da população acredita que investir em imóvel ainda é uma das formas mais seguras de valorização de renda. Investimento em imóvel, segundo os especialistas, oferece mais segurança, expectativa de valorização e durabilidade, seja casa, apartamento, flat ou imóvel comercial. E se a opção for por comprar para alugar, o retorno do investimento ocorre de forma rápida.“Estamos muito otimistas com o reaquecimento desse mercado e parabenizo pelas medidas adotadas buscando o controle da pandemia”, afirmou Rômulo Soares. Por outro lado, mesmo em plena pandemia, o nicho de mercado que não sofreu nenhuma dificuldade e surpreendeu foi o de imóveis de baixa renda, vendidos através do programa Minha Casa, Minha Vida. Os imóveis com valores entre R$ 80 mil até R$ 180 mil tiveram as vendas aceleradas neste período. Foi um crescimento de 30%, maior do que antes da pandemia, quando o país vivia apenas a crise política. “Os imóveis destinados à população de baixa renda foram a exceção do setor, porque os imóveis mais caros passaram por uma forte crise até o mês de junho”, disse o presidente do Creci-PB.
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