Opinião: reaproximação entre Cartaxo e RC representa um propósito ‘maior’. Mas, maior para quem?

Estratégia? Pragmatismo? Ou suicídio político?
A maioria dos políticos, quando adversários, justificam suas reaproximações de uma eleição para outra, sob a justificativa de que não podem permitir que gestões ou projetos voltem à época do atraso. Dizem que por ‘um propósito maior’, vão deixar as diferenças de lado.
Para a disputa eleitoral em João Pessoa, nas eleições deste ano, um ‘propósito maior’ também começa a se desenhar. Mas, neste caso, maior para quem?
O prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo (PV) e o ex-governador Ricardo Coutinho (PSB), ensaiam uma reaproximação e podem lançar mão dessa justificativa para tentar convencer o eleitorado pessoense a esquecer a troca de farpas, críticas, e acusações dos últimos oito anos, e trabalhar para fazer com que o povo volte a acreditar que a retomada da aliança entre a dupla é a ‘salvação’ para a Capital.
Por outro lado, o propósito maior caminha para se justificar como sendo a sobrevivência política de ambos.
Não é segredo para ninguém que a partir de 1º de janeiro Cartaxo, assim como Ricardo Coutinho, passará a ser apenas um ‘ex’. Sem mandato e sem parentes com mandato, sem caneta e sem poder.

Para piorar, Cartaxo corre o risco de ter o mesmo destino de Ricardo. Ou seja, a possibilidade de ter que lidar com desdobramentos de investigações no Ministério Público, no tocante, por exemplo, a operação Irerês e aos escândalos envolvendo os gastos milionários com as obras da Lagoa, entre outras.
O hoje prefeito da Capital e o hoje ex-governador da Paraíba vêm na união um propósito maior sim – a sobrevivência política de ambos. Caso contrário, terão uma nova oportunidade de voltar ao poder apenas em 2022. Ou seja, dois anos de vácuo político.
Bastidores apontam que Edilma pelo PV (concunhada de Cartaxo) e Amanda Rodrigues, pelo PSB, (esposa de Ricardo) podem ser a carta na manga desses dois adversários. Se a estratégia vingará e se o eleitorado dará novamente um voto de confiança a esses dois políticos, só as urnas dirão.

PB Agora


FALA PARAÍBA-BORGES NETO

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