Inquérito sorológico da educação ainda vai demorar dois meses e aulas presenciais só devem retornar em 2021 na Paraíba

O retorno das aulas presenciais nas escolas da Paraíba só deve ocorrer a partir do próximo ano. Isso porque a volta está dependendo do resultado de um inquérito sorológico que será realizado em duas mil residências de estudantes no estado. De acordo com o secretário de Saúde, Geraldo Medeiros, o inquérito deve ser iniciado daqui a 10 ou 15 dias e levará dois meses para ser concluído, ou seja, deve terminar na primeira quinzena de dezembro.
Com a proximidade do Natal, o retorno às aulas ainda este ano deve ser descartado. O secretário de Saúde, porém, foi cauteloso e preferiu não confirmar a informação. ''Vai depender de como ficar o inquérito, talvez termine antes do previsto'', disse.
Os planos para a realização do inquérito já haviam sido revelados ao ClickPB pelo secretário no início do mês de agosto. Segundo ele, o processo foi um pouco demorado pois precisa seguir os trâmites do serviço público. O inquérito é de responsabilidade da Secretaria de Educação e os recursos estão sendo descentralizados para a contratação de uma empresa que fará os testes. ''Também precisávamos definir o que queríamos com esse inquérito'', explicou Geraldo Medeiros.
Duas mil residências farão parte da amostragem. O pré-requisito é que haja crianças ou adolescentes com idades entre três e 17 anos convivendo com idosos ou pessoas de grupos de risco para a covid-19. Dessa forma, todas as pessoas da residência serão testadas para a doença. A partir dos resultados, a secretaria de Saúde avaliará o impacto que a volta às aulas pode causar.
O secretário de Saúde destacou que o retorno às aulas presenciais resulta em 600 mil pessoas circulando pelo estado. ''Só de escolas estaduais temos 400, e mais 200 municipais'', comentou Geraldo Medeiros. Ele ressaltou que é por isso que o assunto requer tanta cautela.
''As pessoas ficam dizendo 'abriu bar, restaurante, voltou vaquejada, por que só não abre as escolas?'. Mas isso é comparar duas coisas completamente diferentes'', argumentou.
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