Foi de repente: aquela figura grotesca, cheia de bravatas, de linguajar chulo, espalhando perdigoto por todo lado ao prometer prender e arrebentar, e ameaçando as instituições democráticas, desapareceu do cenário da política nacional.
Ora quem! Ele mesmo, o presidente Jair Messias Bolsonaro, o “mito” para alguns, que chegou ao ponto de sobrevoar de helicóptero o Supremo Tribunal Federal (STF), numa clara demonstração de tentativa de intimidar a mais alta Corte de Justiça do País.
O homem sumiu. Foi rapidíssimo. Ligeiro, como coceira de mocó.
E mais: o “mito” deu lugar a um “novo” Jair; este, chegado aos conchavos com Deus e o diabo, através do famoso Centrão, numa flagrante desmoralização do seu próprio discurso de fazer uma política diferente, sem arrumadinhos, sem acordos e sem toma lá dá cá com o Congresso Nacional.Nunca mais nem se ouviu falar daquele “Jair raiz” que gritava todo mundo, mandava jornalista se calar e se imaginava com popularidade, prestígio e poder suficientes para afrontar as instituições democráticas. O homem sumiu do mapa num piscar de olhos, dando lugar a um outro Jair: um de atitudes moderadas, manso, de fala branda, respeitoso com as instituições.
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