Portugal terá toque de recolher para 70% da população a partir de segunda

 

O premiê de Portugal, António Costa, anunciou a imposição de um toque de recolher a partir desta segunda-feira (9), quando o país retorna ao estado de emergência. O anuncio foi feito após reunião entre Costa e ministro que durou mais de cinco horas.


A decisão, anunciada já no começo da madrugada deste domingo (8), pegou muitos portugueses de surpresa. O discurso oficial. logo no início, era de que o estado de emergência seria “preventivo” e de que, por enquanto, não haveria restrições à liberdade de circulação.

A circulação fica proibida de segunda a sexta entre as 23h e as 5h, somente em casos excepcionais. As regras vão ficar mais apertadas nos fins de semana, com a proibição de as pessoas saírem as ruas entre as 13h e as 5h.


A medida abrange as 121 cidades -incluindo a capital, Lisboa- com alto índice de infecções pelo coronavírus, englobando cerca de 70% da população.


O toque de recolher é o passo mais restritivo já adotado pelo governo português desde o início da pandemia. Ao contrário de outros países europeus, Portugal não havia imposto até agora um confinamento obrigatório, havendo somente o “dever cívico de recolhimento”. Ou seja: uma recomendação para permanecer em casa.


As exceções ao toque de recolher incluem, além de idas a hospitais e farmácias, passeios com animais domésticos e caminhadas nas proximidades da residência.


Em declarações a jornalistas após o conselho de ministros, António Costa reconheceu que a economia e o comércio, mas sobretudo o setor de restaurantes, irão sofrer com a decisão.


“Não, não são [medidas] boas para os restaurantes, nem para o comércio; mas são as necessárias para controlar a pandemia sem decretar um novo confinamento geral”, afirmou.


O premiê socialista destacou que o fato de as regras serem intencionalmente mais duras aos fins de semana é uma forma de preservar o ano letivo e manter com mais normalidade o trabalho.


O estado de emergência tem validade de 15 dias, quando precisa ser renovado pelos deputados. A espectativa é que ele se alongue pelos próximos meses.


No sábado (7), Portugal bateu mais um recorde de novas infecções pelo coronavírus. Foram 6.640 novos casos e 56 mortes. Desde o início da pandemia, já houve 173.540 contaminados e 2.848 mortos.


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