Gestoras de Políticas Públicas para Mulheres do NE pedem fim da banalização do feminicídio

 

Em uma nota divulgada nesta segunda-feira (28) Gestoras de Políticas Públicas para Mulheres do Nordeste do Brasil pedem que o feminicídio não seja banalizado no país. Elas lembram os casos registrados durante o Natal e pedem agilidade na aprovação de projetos relacionados ao enfrentamento da violência contra a mulher no Congresso e ao Governo Federal a destinação de recursos emergenciais para os estados visando iniciativas voltadas para a sensibilização contra a cultura machista nas escolas e nas comunidades.

Confira a nota

Gestoras de Políticas Públicas para Mulheres do Nordeste do Brasil conclamamos que o feminicídio em nosso país não seja banalizado. Conviver com a violência por razões de gênero é inadmissível. Os feminicídios durante o Natal da juíza Viviane do Amaral(RJ), morta a facadas pelo ex-marido; da cabeleleira, Anna Paula dos Santos(PE), morta a tiros pelo marido; de Thalia Ferraz (SC), morta a tiros pelo ex-marido na frente da família; da trabalhadora doméstica, Jenilde de Jesus Pinheiro (BA), morta a facadas pelo ex-namorado na frente das filhas expressam a realidade do nosso país no que se refere à violência de gênero. É uma urgência pública que afeta a vida das mulheres quando não lhes tira a vida pela violência letal, o feminicídio.

Solicitamos ao Congresso Nacional que agilize a aprovação de projetos relacionados ao enfrentamento à violência contra as mulheres, a exemplo do 4133/20, entre outros, visando uma proteção mais efetiva às mulheres.

Conclamamos ao Governo Federal a destinação de recursos emergenciais para os estados visando iniciativas voltadas para a sensibilização contra a cultura machista nas escolas e nas comunidades e para o fortalecimento da Rede de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres na qual estão incluídos os serviços de atendimento às mulheres em situação de violência, a exemplo dos Centros de Referência de Atendimento as Mulheres e da Casa da Mulher Brasileira.

Os governos estaduais necessitam que o programa Mulher Viver sem Violência seja reativado entre outros a serem implementados com destaque para a geração de renda e emprego para as mulheres, voltados para a autonomia econômica e social que contribuem decisivamente para que as mulheres possam romper o ciclo da violência doméstica.

Os recursos federais para as políticas públicas para as mulheres têm sido retraídos ao longo dos anos, ao passo que a violência contra as mulheres têm aumentado.

Conclamamos a sociedade a dar as mãos para enfrentar à violência contra as mulheres.

O enfrentamento à violência de gênero deve unir governos e sociedade e é uma ação suprapartidária e interinstitucional

As mulheres têm direito a viver sem violência.

28 de dezembro de 2020

Julieta Palmeira, secretária de estado de Políticas para as Mulheres da Bahia;

Silvia Maria Cordeiro, secretária de estado da Mulher de Pernambuco;

Nayra Monteiro, secretária de estado da Mulher do Maranhão;

Zenaide Lustosa , coordenadora estadual de Políticas para as Mulheres do Piaui;

Eveline Almeida de Souza Macedo Secretaria de Estado das Mulheres, da Juventude, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos do Rio Grande do Norte

Lídia de Moura Cronemberger, secretária de estado da Mulher e da Diversidade Humana da Paraíba

Maria José da Silva, secretária da Mulher e Direitos Humanos de Alagoas

Lucivanda Nunes Rodrigues, secretária de estado da Inclusão e Assistência Social de Sergipe

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