População da Paraíba está há mais de um ano sem receber águas do Rio São Francisco

 

Após completar quase um ano sem receber as águas da transposição do Rio São Francisco, a Paraíba segue suprindo a demanda de abastecimento e é tida em um quadro de segurança hídrica, motivo pelo qual, segue sem o bombeamento das águas do 'Velho Chico'. A avaliação foi feita pelo presidente da Agência Executiva de Gestão das Águas da Paraíba (Aesa), Porfírio Loureiro, em entrevista ao programa Arapuan Verdade, na tarde desta terça-feira (2).

Ele explicou que a falta o processo de retomada do bombeamento transposição das águas do Rio São Francisco é motivada pela prioridade de outros estados que estão em situação grave com a falta de água. 

"Na parte do Estado, a gente faz o Plano Operativo Anual (POA) onde pedimos o volume a cada ano. Nós já fizemos o pedido para 2021. Só que o Ministério do Desenvolvimento Regional está priorizando atender pelo Eixo Norte, o Ceará e no eixo Leste, Pernambuco e algumas adutoras que estão dependendo da transposição pela situação critica que estão. Nós tivemos um ano satisfatório de chuvas que abasteceram e deixaram uma segurança hídrica que está suprindo a falta de bombeamento da transposição com as águas desses açudes, tanto de Poções, Camalaú e Cordeiro para atender as adutoras da Cagepa ao longo do Rio Paraíba, como também dos agricultores que estão licenciados", explicou. 

Ainda segundo ele, a preocupação com a falta de água se dá na região do Brejo. "Nós temos o Brejo como o pior local em termos de estiagem. Não tivemos uma recarga satisfatória e as previsões de chuvas é a partir de março", disse.

Ao ser questionado sobre a possibilidade de a cidade de João Pessoa ser beneficiada com as águas da transposição, o gestor explicou que "o estado já está fazendo a transposição da transposição. Nós temos duas adutoras, a TransParaíba I, ramal Cariri, que já está em execução e a TransParaíba II, ramal Curimataú, que será uma obra licitava pela Cagepa ainda nesse primeiro semestre, com recursos do Banco Mundial. E através do Canal Acauã-Araçagi, essas águas saem da bacia do Rio Paraíba e percorrem até o Rio Mamanguape, desaguando no Rio Gurinhém, podendo desaguar dentro de João Pessoa. Então, podemos sim, através da liberação do eixo Leste, em Monteiro trazer essa água da transposição para João Pessoa", destacou. 

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