LARANJAS – PROMOTORA DE JUSTIÇA DIZ QUE VAI COLHER INFORMAÇÕES PARA ABRIR PROCESSO CRIMINAL CONTRA PARTIDO REPUBLICANOS

 


MP apura denúncia do Partido Solidariedade de que o Republicanos teria usado candidata “laranja” nas eleições municipais de 2020 em João Pessoa. Bispo José Luiz poderá perder mandato de vereador

O mandato do vereador pessoense, bispo José Luiz (Republicanos), pode está com os dias contatos. Na tarde desta quarta-feira (25), a promotora de Justiça Jovana Maria Silva Tabosa disse que vai requisitar junto à Justiça Eleitoral, informações sobre a “suposta candidata laranja”, Marlene Garla, do Partido Republicanos. Informou também que vai colher informações sobre os recursos do fundo partidário, no sentido de ter elementos suficientes para, depois, analisar o caso e decidir se instaura ou não um procedimento criminal. Caso isto aconteça, poderá resultar na cassação de toda a chapa, se ficar comprovado que o partido lançou candidatas laranjas nas eleições municipais de 2020.

Bispo José Luiz com mandato ameçado

O Partido Republicanos, que na Capital elegeu o vereador, bispo José Luiz, foi representado criminalmente na Justiça Eleitoral e no Ministério Público pelo Partido Solidariedade. Há também representação contra a “suposta” candidata Marlene Garla, que teria sido “laranja” do Partido Republicanos para preencher o coeficiente de candidaturas femininas e ter acesso ao fundo partidário. Na apuração dos votos, Marlene teve “zero” voto, no entanto, há documentos bancários que a mesma teria recebido dinheiro do fundo partidário.

Uma atitude dessa, de acordo com Augusto Aras, procurador geral da República, deve ser levado à cassação de toda a chapa de um partido que tenha lançado candidatas laranjas numa eleição para o Legislativo. O procurador defendeu essa tese, recentemente, no Supremo Tribunal Federal (STF), durante parecer dentro de uma ação do PDT que busca limitar a punição apenas às pessoas envolvidas na fraude.

Marlene Garla teve “zero voto” e teria recebido dinheiro do fundo partidário

“Significa que, se o partido lançar candidatas mulheres apenas para cumprir a cota de 30%, sem apoiá-las efetivamente na campanha, todos os filiados que forem eleitos naquela disputa podem perder os mandatos”, disse o procurador geral da República, Augusto Aras.

Em João Pessoa, a denúncia do Partido Solidariedade afeta diretamente o vereador Bispo José Luiz, do Republicano, quarto mais bem votado nas eleições de 2020 com 5.883 votos, que poderá perder o mandato. Afeta também todos os outros candidatos que integraram a coligação.

A promotora de Justiça Jovana Tabosa deixou entender que não retardará sua decisão e que, assim que as informações chegarem oriundos da Justiça Eleitoral, toda a sociedade paraibana tomará conhecimento do parecer do Ministério Público.

 blog do Marcos Lima





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