Chanceler do Unifacisa diz que doaria vacinas à PB e CG; legislação não permite


 O chanceler do Centro Universitário Unifacisa, Dalton Gadelha, explicou em entrevista ao programa Arapuan Verdade, a decisão da instituição em buscar na Justiça o direito de comprar vacinas para a imunização dos professores, funcionários e estudantes da universidade.

De acordo com Dalton, que é médico, a legislação atual permite apenas que entidades privadas comprem vacinas, doem 100% ao SUS e recebam de volta apenas quando forem vacinados os grupos prioritários no Plano Nacional de Imunização. Para ele, quando isso ocorresse, não haveria mais a necessidade. Ele disse, ainda, que se a legislação previsse contrapartida para as secretarias de saúde locais, doaria 50% dos imunizantes comprados.

“A Justiça nos concedeu o direito de importar sem ter a necessidade de destinar ao SUS e esperar esse tempo todo para poder vacinar. Se a gente for esperar, não haverá mais necessidade. Vamos vacinar exclusivamente e gratuitamente essa população [que faz parte da comunidade acadêmica]. Agora, se a legislação disser: “o senhor tem interesse em adquirir vacina e distribuir metade com as secretarias de saúde da Paraíba e de Campina Grande?” A minha resposta: sim. Muito mais do que isso, mas isso não é possível. Pela legislação antiga tinha que ser dado ao SUS e esperar vacinar todo mundo e essa vacina que eu desse iria para Bagé, no Rio Grande do Sul, ou para Itapipoca, no Ceará, por exemplo. Não seria reservada ao SUS da Paraíba”, afirmou.

Questionado sobre se a compra seria um movimento de “furar a fila” da vacinação, Dalton fez duras críticas ao Governo Federal e lembrou que as doses contratadas são de empresas que não possuem contrato de exclusividade com o mesmo, como a Pfizer, a Astrazeneca e a Coronavac. Portanto, a sua compra não prejudicaria as ações do governo central.

“[Governo Federal] furou a fila do bom senso, da dignidade e da saúde. Nós não estamos interferindo em nada do que o Governo Federal fez. Não estamos furando fila de ninguém. Isso é um termo que é usado para esconder o fracasso das ações médicas dos governos no Brasil. A gente não era para estar com essa história de fura fila. Era para ter vacina para todos”, lamentou.

 

PB Agora



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