Mourão diz que abertura de CPI da Covid foi 'interferência' do Judiciário e que comissão causará 'atrito'

 


O vice-presidente Hamilton Mourão afirmou nesta sexta-feira (9) que considera uma “interferência que não é devida” a decisão do ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), de ordenar a instalação no Senado da CPI da Covid.

Barroso tomou a decisão na quinta-feira (8), em uma ação judicial apresentada ao STF pelos senadores Alessandro Vieira (Cidadania-SE) e Jorge Kajuru (Cidadania-GO).

O pedido de criação da CPI foi protocolado em 15 de janeiro por senadores que querem apurar as ações e omissões do governo Jair Bolsonaro na crise sanitária provocada pela Covid-19. O pedido conta com mais assinaturas do que as 27 necessárias para a CPI ser instalada.

O governo não queria a abertura da CPI. Mourão falou sobre a decisão de Barroso ao ser questionado por jornalistas nesta sexta, durante entrevista no Palácio do Planalto.

“Concordo com outras opiniões que foram dadas, isso para mim é uma interferência que não é devida. E também, vamos colocar o seguinte: nós estamos vivendo um momento difícil, complicado, é um momento em que a gente precisa de união de esforços. E a CPI a gente sabe, vai ser aquela discussão, aquela geração de atrito e atrito não leva a nada, só faz perda de energia", declarou o vice-presidente.

O Presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), declarou várias vezes que instalar a CPI neste momento não auxiliaria no combate à pandemia. Após a decisão de Barroso, o senador disse que instalará a CPI, mas considerou a decisão “equivocada” e que a CPI, na visão dele, servirá de palanque para a eleição de 2022.

Segundo Mourão, Pacheco fez uma análise ampla da situação, levando em conta aspectos políticos, ao segurar a instalação da CPI. Para o vice, eventuais omissões já são investigadas no inquérito em curso na Justiça para apurar a crise sanitária em Manaus.

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