O governador da Paraíba, João Azevêdo, decretou situação de emergência em 150 municípios do Estado devido à estiagem. Publicado no Diário Oficial do Estado desta semana, o decreto nº 41.201 considerou, dentre outros motivos, o comprometimento da normalidade em razão da escassez de água, gerando danos à subsistência e à saúde da população. Para falar dos efeitos da seca e como devemos (sociedade) a prender a conviver com ela, foi ouvido o vice-presidente do Consea-PB, representante da ASA na Paraíba e coordenador institucional da PATAC, organização parceira do Procase, José Waldir de Sousa Costa, bem como Adriana Meira, professora da Universidade Federal da Paraíba.Além de sinalizar a situação de emergência, o decreto da última quarta-feira também enfatizou determinações anteriores. O decreto caracteriza situação anormal de emergência válida pelo período de 180 dias nos municípios afetados pela seca indicados, dentre eles, Araruna, Areia, Bananeiras, Cabaceiras, Cajazeiras, Campina Grande, Diamante, Esperança, Fagundes, Itabaiana, Lagoa Seca, Mulungu, Nova Floresta, Patos, Pombal, Queimadas, Remígio, Riacho de Santo Antônio, Santa Luzia, São José de Piranhas, Sousa, Taperoá, Umbuzeiro, Várzea, Zabelê e outros 125 listados no documento oficial.
Ainda segundo o representante da ASA na Paraíba, somando-se às construções feitas por famílias que contaram com crédito bancário ou com outra renda, ação do fundo rotativo solidário, ou ação das prefeituras e o estado, chega-se a 1,3 milhão de famílias com cisternas de beber e cozinhar. E cerca de 300 mil famílias contam com reservatórios para produção de alimentos. “Esse conjunto de tecnologias aponta para a luz no fim do túnel. Mas ainda falta muita gente. Alcançar as famílias que não estão envolvidas com organizações, associações, é muito difícil”, disse.Para José Waldir de Sousa Costa, todas as famílias necessitam de soluções acessíveis para ter água, tanto para consumo doméstico quanto para produção. A segurança hídrica está diretamente relacionada com a segurança alimentar. “De 2013 a 2016 houve aumento na infraestrutura da estocagem de água. Na Paraíba mais de 80 mil famílias conquistaram uma cisterna de água potável para o consumo da família; e 15 mil famílias tiveram acesso à água para produção de alimentos”, disse José Waldir. A ASA Brasil, por meio de programas federais, implantou cisternas para 800 mil famílias.
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