A letalidade da ansiedade na pandemia do covid-19

 

Filipenses 4:6-6 – uma proposta de fé no Deus cuja paz excede o entendimento.

Desdemarço de 2020 vivemos momentos novos com as primeiras informações do avanço de um vírus que trazia ameaças à vida em razão de sua complexidade tanto na forma de contágio como na dificuldade de exatidão diagnóstica para um tratamento seguro a ser adotado mundialmente.  De acordo com o Ministério da Saúde: “A Covid-19 é uma infecção respiratória aguda causada pelo coronavírus SARS-CoV-2, potencialmente grave, com elevada transmissibilidade e contaminação global”

Se a infecção respiratória aguda é a principal característica deste novo vírus, com o passar do tempo fomos expostos à uma série de informações e questões preocupantes: a)o comportamento do vírus e seu impacto no organismo segue padrões diferentes com respostas sintomáticas diferenciadas em cada organismo; b) o tempo para intervenção médica hospitalar se daria no inicio dos sintomas, no meio ou somente se sentisse falta de ar?; c) a dificuldade de testagem e tempo da resposta para um diagnóstico preciso; d) o protocolo médico adotado para tratamento de uma doença sem tanta informação e sem às respostas medicamentosas padrão nos casos comuns de problemas respiratórios agudos; e)o isolamento social que distancia as pessoas de seus entes queridos das relações basilares à manutenção da saúde mental; f) o risco da instabilidade, o desemprego e a mudança em algumas configurações de trabalho que foram drasticamente afetado;g) e, a meu ver a falta de unidade entre a saúde e a política em nosso paísno enfretamento da pandemiafornecendo melhor e maior esclarecimento sobre o assunto evitando maior insegurança na população que passou a sofrer de um problema tão agressivo quanto o corona vírus que foi a ANSIEDADE.

Mas o que vem a ser a ansiedade e em que sentido sua Letalidade foi percebida nesta pandemia?

“A ansiedade é um estado psíquico de apreensão ou medo provocado pela antecipação de uma situação desagradável ou perigosa. A palavra “ansiedade” tem origem no latim anxietas, que significa “angústia”, “ansiedade”, de anxius = “perturbado”, “pouco à vontade”, de anguere = “apertar”, “sufocar”.

Fazendo um recorte no conceito acima que define a ansiedade como um “estado de apreensão ou medo” pode-se afirmar que o período designado de pandemia provocou este estado de apreensão e medo em graus distintos demoderado a grave. Uma estranha e sofrível sensação de insegurança sobre a própria vida e sua durabilidade. O medo do contágio do virús e a incerteza de que apesar dos protocolos adotados quanto à segurança eà proteção. Isso gerou antecipadamente e, em graus distintos e elevados, uma percepção ameaçadora da realidade com sensações de angústia, alteração do ritmo cárdio respiratório, aumento de irritabilidade advindo do stress e insônia em muitos casos sendo, portanto caracterizado como quadro de ansiedade patológica cujo estado mental requer atenção médica e psicológica.

Neste estado psicoemocional o impacto sobre a vida é tão danoso, tão letal quanto à presença do vírus dada as proporções fisiológicas e sintomáticas causadas por aquele. O problema é que a ênfase no COVID 19 deixou para trás a atenção adequada aos desdobramentos e impactos ao ser humano como um todo.  Cuidar da saúde mental do ser humano é tarefa tão importante quanto cuidar do Vírus em evidencia. Olhar para a população em sua saúde mental é perceber o ser humano holisticamente, integrado consigo, com o outro e com o mundo ao seu redor.

A ansiedade que tem sido uma realidade crescente nesta pandemia tem dado lucros exorbitantes aos laboratórios de antidepressivos e ansiolíticos em todo o mundo, mas tem paralisado a vida saudável e produtiva de uma população que cresce cada vez mais.

Cabe um esforço de todos. Da família, escola, profissionais, lidere religiosos para tentar refratar este mal integrando uma rede de cuidados preventivos e interventivos a fim de “salvar” da dor os que sofrem silenciosamente sem muitas vezes ter a coragem de falar.

Mudança na forma de pensar frente a ameaça do vírus, lidar com a realidade do luto em muitos casos, conviver com as ondas em cada ciclo da transmissibilidade e com as variantes já vistas e testadas são cenário fértil ao aumento dos transtornos de ansiedade que em ondas silenciosas crescem e continuarão prejudicando vidas independente da classe social, cultural, crença e atividade profissional. Uma proposta advinda da prática espiritual saudável seria seguir as instruções apontadas pelo Apóstolo Paulo na carta deFilipenses. A saber:

O escritor Bíblico afirmou:

“Não andem ansiosos por coisa alguma, mas em tudo, pela oração e súplicas, e com ação de graças, apresentem seus pedidos a Deus.E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os seus corações e as suas mentes em Cristo Jesus.Filipenses 4:6,7

Alguns caminhos de superação da ansiedade:

  • Não é do intento do Senhor que seu povo esteja ansioso. “Não andeis ansiosos…” aqui se refere a um estilo de vida cuja característica é a ansiedade.
  • É preciso em uma relação pessoal com Deus apresentar os motivos da ansiedade seja na forma de oração, suplicas. mas em tudo, pela oração e súplicas”…
  • Desenvolver a prática da gratidão. Esta nos faz lembrar os feitos do Criador e Senhor que por meio de Cristo chega até nós todos os dias. e“com ação de graças”
  • Há em Deus recursos suficientes para atender as necessidades existenciais do ser humano. Sua paz que sendo inexplicável é experiencial guardando a mente e o coração da inquietação trazida pela ansiedade. “E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os seus corações e as suas mentes em Cristo Jesus”

Esta é uma solida solução à letalidade da ansiedade em todos os momentos que enfrentaremos em razão deste tempo de pandemia. Que o autor da vida nos ajude a desenvolver tamanha fé e dependência e nos ajude a cuidar de nós e dos que amamos.

Referência

https://www.significados.com.br/ansiedade/ Significado de ansiedade Data de atualização: 25/10/2014.

O que é a Covid-19? — Português (Brasil) (www.gov.br)GOV.BR Governo Federal.

Biblia Sagrada versão NVI Filipenses 4:6

 

José Alcione Pinto
Pastor e Psicólogo


FALA PARAÍBA-BORGES NETO

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