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O Twitter indicou que não atenderá ao pedido da CPI da Covid para encaminhar informações sobre todos as contas removidas de sua plataforma desde 14 de junho. Em ofício enviado à comissão, a rede social afirmou que as requisições aparentam extrapolar o escopo de investigação da CPI.
Na última quarta-feira (23), a comissão aprovou um pedido para o Twitter enviar informações sobre contas excluídas. O requerimento citou uma reportagem que informava sobre a exclusão de milhares de contas na plataforma e apontava a dificuldade de combater a desinformação sobre a pandemia.
Segundo o Twitter, as medidas relacionadas a essas contas “não necessariamente guardam relação com a pandemia ou mesmo com a Política de Informações Enganosas sobre a Covid-19 e, por conseguinte, com o próprio escopo dessa CPI”.
A plataforma afirmou que, mesmo que todas as contas removidas nos últimos dias estivessem ligadas à desinformação sobre a pandemia, “as informações são constitucionalmente protegidas pela inviolabilidade da intimidade e da vida privada, pelo sigilo da correspondência e das comunicações, além da proteção de dados pessoais”.
O Twitter também alegou que, segundo o Marco Civil da Internet, a CPI da Covid deve demonstrar, para cada usuário, os indícios da ocorrência do ilícito, a utilidade dos dados e o período ao qual se referem os registros. Pela lei, o pedido ainda passaria por um juiz que autorizaria ou não a quebra de sigilo.
A empresa destacou ainda que um decreto de 2016 que regulamenta o Marco Civil da Internet determina que pedidos como o da comissão devem “especificar os indivíduos cujos dados estão sendo requeridos e as informações desejadas, sendo vedados pedidos coletivos que sejam genéricos ou inespecíficos”.
O Twitter disse que adotará as medidas cabíveis para fornecer dados disponíveis caso haja uma análise individualizada e o cumprimento dos requisitos do Marco Civil da Internet.
PARAÍBA.COM
FALA PARAÍBA-BORGES NETO
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