Diretor do Edson Ramalho atribuiu a efeito da pandemia superlotação


 O diretor do hospital Edson Ramalho, coronel Almeida Martins, atribuiu ao efeito da pandemia de Covid-19 a superlotação denunciada pelo Ministério Público da Paraíba. Uma audiência pública nesta quarta-feira (25) com o órgão buscará uma solução para o problema.

Ao Portal MaisPB, o coronel Almeida Martins disse que, após a queda dos números da pandemia com diminuição de casos de coronavírus, as pessoas têm se encorajado a buscar tratamento para outras enfermidades e o Edson Ramalho, como é um hospital de portas abertas, tem recebido um público muito grande.

“Elas foram deixando até que a pandemia pudesse dar um pouco mais de equilíbrio para retornar os serviços rotineiros. Então, as pessoas estão saindo de casa, consultado um médico, fazendo as cirurgias que estavam agendadas em 2019 e início de 2020”, destacou.

Para o coronel Almeida Martins, além dos pacientes e acompanhantes, a superlotação também é ruim para as equipes de saúde e para a gestão do hospital que estão sobrecarregados. Ele informa que somente nessa terça-feira (24), foram 130 atendimentos na urgência do hospital.

Para solucionar o problema, ele disse que fez uma reunião com o corpo clínico do hospital e com a regulação de João Pessoa para abertura de leitos, fazendo com que as pessoas que cheguem ao Edson Ramalho permaneçam menos tempo. Ele pede também que a Saúde de João Pessoa informe à população sobre a oferta de serviços em suas Unidades de Pronto Atendimento (UPAS) e PSF’s para incentivar que problemas de baixa complexidade sejam resolvidos nos próprios bairros.

Inquérito

Após tomar conhecimento dos problemas no Edson Ramalho, o Ministério Público da Paraíba abriu um Inquérito Civil para apurar o caso. Nesta quarta-feira (25) ocorrerá uma audiência com a promotora Maria das Graças Azevedo para tratar sobre o assunto.

O Inquérito Civil Público foi aberto após matéria veiculada na mídia indicando problemas no atendimento aos pacientes do hospital e um vídeo mostrando pacientes aguardando atendimento em cadeiras de plástico e macas no corredor da unidade de saúde.

Conforme a promotora, é possível observar adultos, idosos, homens e mulheres uns ao lado dos outros, estando alguns sem máscaras, com sacolas de roupas e pacientes há mais de quatro dias, deitados em macas no corredor.

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