Caminhoneiros já cogitam nova greve após mais um aumento do diesel


 A sequência de aumentos no preço do diesel fez a categoria dos caminhoneiros cogitar entrar em greve para forçar o governo a baratear o combustível. Novo reajuste foi anunciado ontem (28). Presidente do Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas (CNTRC), Plinio Dias diz que o assunto vai ser tratado na próxima reunião das lideranças da categoria, que será realizada no dia 16 de outubro, no Rio de Janeiro.

“Tem vários motoristas querendo parar, mas tudo vai depender desse encontro no Rio”, afirmou Dias. “Nossa intenção não é essa e sim sentar e dialogar pra todos saírem com ótimas condições de trabalho, sem ter que paralisar nosso país”, acrescentou.

O líder caminhoneiro diz que a solução do problema cabe ao Governo Federal. “Nossa intenção é que o presidente Bolsonaro e o presidente da Petrobras resolvam isso, pois está nas mãos deles”, disse o presidente do CNTRC. Ele acrescentou que não concorda com a argumentação do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que costuma repassar a responsabilidade da alta do combustível para os governadores, por causa da cobrança do ICMS.

Assim como várias outras que representam os motoristas de caminhão, a entidade de Plinio Dias não apoiou a mobilização de caminhoneiros convocada no dia 7 de setembro, em apoio ao presidente da República. Para ele, o movimento, que criou barricadas em estradas de vários Estados, foi obra de profissionais ligados ao agronegócio e não de caminhoneiros autônomos.

O secretário nacional da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística (CNTTL), Carlos Alberto Litti Dahmer, confirmou a insatisfação com o governo Bolsonaro, mas disse que ainda é cedo para falar em paralisação. “O fantasma da greve ronda sempre, mas precisamos evoluir pra chegar nela. É um processo”, pontuou. As informações são do colunista Chico Alves, do UOL.

BRUNO LIRA



FALA PARAÍBA-BORGES NETO

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