Cesta básica em João Pessoa é a segunda mais barata do Brasil, revela pesquisa do Dieese

 

Pode parecer uma brincadeira de mau gosto com tanta carestia nos preços dos produtos que aumentam constantemente, mas em um levantamento feito pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), na Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, a cidade de João Pessoa, obteve o segundo menor valor da cesta básica em comparação com as demais capitais do país. 

Entre as capitais do Norte e Nordeste, onde a composição da cesta tem algumas diferenças em relação às demais cidades, Aracaju (R$ 454,03), João Pessoa (R$ 476,63) e Salvador (R$ 478,86) registraram os menores custos. O custo médio da cesta básica de alimentos aumentou em 11 cidades e diminuiu em seis.

A cesta mais cara foi a de São Paulo (R$ 673,45), seguida pelas de Porto Alegre
(R$ 672,39), Florianópolis (R$ 662,85) e Rio de Janeiro (R$ 643,06). As maiores altas foram registradas em Brasília (3,88%), Campo Grande (3,53%), São Paulo (3,53%) e Belo Horizonte (3,49%). As capitais com quedas mais intensas foram João Pessoa (-2,91%) e Natal (-2,90%). 

Ao comparar setembro de 2020 e setembro de 2021, o preço do conjunto de alimentos
básicos subiu em todas as capitais que fazem parte do levantamento. Nos primeiros nove meses de 2021, 16 capitais acumularam alta, com taxas entre 0,19%, em Aracaju, e 13,05%, em Curitiba. Somente Salvador apresentou ligeira queda de -0,05%.

Com base na cesta mais cara que, em setembro, foi a de São Paulo, o DIEESE estima
que o salário mínimo necessário deveria ser equivalente a R$ 5.657,66, o que corresponde a
5,14 vezes o piso nacional vigente, de R$ 1.100,00. 

O cálculo é feito levando em consideração uma família de quatro pessoas, com dois adultos e duas crianças. Já em agosto, o valor do mínimo necessário deveria ter sido de R$ 5.583,90, ou 5,08 vezes o piso em vigor.

O tempo médio necessário para adquirir os produtos da cesta, em setembro, ficou em
115 horas e 02 minutos (média entre as 17 capitais), maior do que em agosto, quando foi de
113 horas e 49 minutos.

Quando se compara o custo da cesta com o salário mínimo líquido, ou seja, após o
desconto referente à Previdência Social (7,5%), verifica-se que o trabalhador remunerado
pelo piso nacional comprometeu, em setembro, 56,53% (média entre as 17 capitais) do
salário mínimo líquido para comprar os alimentos básicos para uma pessoa adulta. Em
agosto, o percentual foi de 55,93%.

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