Ceia sem carne na Itália, tabule em Israel: conheça as comidas de Natal pelo mundo

 


A tão esperada ceia de Natal tem cores e sabores bem diferentes ao redor do mundo. Na Itália, nada de peru, o menu principal é peixe. Nas mesas natalinas francesas, o foie gras é um item que não pode faltar, e aparece mesmo na versão vegetariana. Nos Estados Unidos, além dos biscoitos de gengibre, o cheesecake é a sobremesa clássica.

A tão esperada ceia de Natal tem cores e sabores bem diferentes ao redor do mundo. Na Itália, nada de peru, o menu principal é peixe. Nas mesas natalinas francesas, o foie gras é um item que não pode faltar, e aparece mesmo na versão vegetariana. Nos Estados Unidos, além dos biscoitos de gengibre, o cheesecake é a sobremesa clássica. 

As tradições culinárias italianas podem variar de acordo com a região, mas uma delas é seguida em toda Itália. Na ceia de Natal não se come carne, e sim peixe. A renúncia em comer pratos que levam carne em 24 de dezembro não é uma norma religiosa, mas um costume popular.

A Igreja Católica estabelece os dias de abstinência, por exemplo a Sexta-feira Santa, mas não há nenhuma interdição da igreja sobre a véspera do Natal. Na hora da sobremesa, os italianos vão comer o bolo que eles levaram para quase todo o mundo: o panetone. 

Apesar de ser um doce típico italiano, sua origem é desconhecida. O que hoje se sabe são algumas lendas sobre esta origem. Uma delas remonta ao fim do século 15 e conta que o cozinheiro de Ludovico, o Mouro, da nobre família Sforza de Milão, deixou queimar um doce no forno. 

Assim o seu assistente chamado Toni teve que improvisar com os ingredientes que tinha à disposição. O doce foi um sucesso entre os hóspedes, e ficou conhecido como o Pão de Toni (surgiria então a palavra Panetone).

Para quem não gosta das frutas cristalizadas, o Pandoro é uma opção. Uma versão feita com muita manteiga e coberta por açúcar de confeiteiro. 

Na França, foie gras e castanhas

Nas mesas francesas, o que não pode faltar nas mesas de almoço de Natal é o foie gras, o fígado de ave gordo que tem uma consistência de patê e é comido com geleia de figo e um pão de mel e especiarias.

A tradição é tão importante na França que mesmo vegetarianos e veganos trocam o fígado original por versões à base vegetal, feitas com grão de bico, leite de coco, ou castanha de caju e uma infinidade de receitas para um patê alternativo de entrada para a refeição de Natal.

Como prato principal, peru ou frango são as carnes mais comuns, com frequência acompanhadas de castanhas portuguesas, fruto da estação de inverno no hemisfério norte.

Na hora da sobremesa, a tradição são rocamboles chamados de "bûche", mesmo nome dado à lenha que queima nas lareiras nesta noite.

Nos EUA, molho doce para o peru e cheesecake

Os norte-americanos também fazem uma ceia farta de Natal, mas não no dia 24, e sim na noite do dia 25.

O prato principal é peru de Natal com batatas assadas ou purê, o toque norte-americano vem com o molho agridoce feito com cranberry, fruta vermelha conhecida em português como oxicoco.

Para beber, uma cidra quente com canela ou eggnog, uma gemada com rum ou conhaque e uma pitada de noz moscada.

A mesa de doces tem biscoitos decorados nos mais diversos sabores, casinhas de pão de gengibre e o bolo de frutas secas. No entanto, o cheesecake parece ser de longe a sobremesa mais popular da noite de Natal nos Estados Unidos.

Na Terra Santa, um natal com tabule e homus

Apesar de ser o berço do cristianismo, atualmente, só 2% dos moradores de Israel e da Palestina são cristãos. Então o Natal, que não é feriado, não é marcado por comidas tradicionais.

A minoria cristã local celebra com ceias de Natal regadas a petiscos árabes, como tabulé (uma salada com trigo para quibe, cebola, salsa e hortelã), fattoush (uma salada de tomates, pepinos e outras verduras, servida com pão árabe), e o sempre onipresente humus, a pasta de grão de bico que não pode faltar por aqui. Também come-se muita carne e doces árabes tradicionais.

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