Menina de 11 anos grávida do avô no Sertão da Paraíba poderá fazer aborto legal, diz delegada; suspeito está foragido da Justiça

 A delegada Silvya Alencar, da Delegacia Especializada da Mulher de Patos, confirmou nesta quinta-feira (23) que a menina de 11 anos que sofreu abuso sexual e está grávida poderá prosseguir com a realização de um aborto legal, previsto no Código Penal Brasileiro. O caso aconteceu no distrito de Santa Gertrudes, em Patos, Sertão da Paraíba. 

De acordo com a delegada, o principal suspeito do crime é Antônio Silva Oliveira, de 67 anos, o próprio avô da vítima. Segundo relatou a criança, que mora com os avós, os abusos vinham acontecendo há pelo menos seis meses e a gravidez foi confirmada por médicos do Hospital Infantil de Patos, onde a vítima foi levada pela avó no último sábado (18) após apresentar "sintomas estranhos".

"Ela estava sendo criada pelos avós em razão do falecimento da mãe dela. A suspeita inicial era de coronavírus, mas os médicos ao final descobriram que ela está grávida de um mês. Foi então que ela resolveu relatar para os médicos e para a avó que o autor do fato teria sido o avô e que ela nunca tinha se relacionado com ninguém. Disse que não sofria ameaças por parte do avô, mas decidiu não falar nada por vergonha", disse Silvya ao portal Patosonline.com.

U
m mandado de prisão preventiva foi expedido e de imediato agentes da delegacia foram a possíveis locais de familiares onde o suspeito poderia estar. Entretanto, os policiais não o encontraram e Antônio se encontra foragido da Justiça. Ele está sendo processado pelo crime de estupro de vulnerável, com pena que pode variar de 8 a 15 anos de prisão.

"Vários órgãos de proteção, como o Creas [Centro de Referência Especializado de Assistência Social] e o Conselho Tutelar, já estão sendo acionados para que, de acordo com a lei, ela possa fazer o aborto legal, se assim desejar, porque é uma família muito carente. Ela é criada pela avó e que é uma pessoa, pelo que já tomei conhecimento, que faz uso de medicamentos controlados. Então, não é uma situação confortável para a família", afirmou.

A delegada também reforçou que a população pode ajudar a denunciar o paradeiro de Antônio entrando em contato com a Polícia Militar, por meio do número 190, e com a Polícia Civil, através do disque-denúncia 197.

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