“Não tenho mágoas de ninguém, pois quem carrega mágoas fica doente. Resta decepção pela falta de correspondência, de companhia e de lealdade com quem sempre foi correto, cordial e leal”. Com essas palavras, o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, confirmou, na noite desta segunda-feira (18), a reportagem, a retirada da família Feliciano do comando do partido na Paraíba.A intervenção na Executiva Estadual foi aprovada pelo pelo Diretório Nacional na tarde de hoje, com aval de Carlos Lupi, retirando Renato Feliciano, filho do deputado federal Damião Feliciano (União) e da vice-governadora da Paraíba, Lígia Feliciano (PDT), do comando da sigla após mais de dez anos.
“Durante mais de 10 anos nós confiamos à família Feliciano todos os espaços, todas as considerações, o comando do partido, tudo eles puderam fazer. E às vésperas dos prazos para a filiação partidária, eles comunicam que estavam saindo porque não estavam conseguindo formar a nominata. Nós não somos um partido sucursal de ninguém”, disse Lupi.
Essa “quebra de confiança” ocorreu, na perspectiva de Carlos Lupi, no último dia do prazo da chamada janela partidária, quando o deputado Damião Feliciano comunicou que estava saindo do partido para ingressar no União Brasil sem ter, segundo o presidente nacional, estruturado o PDT para participar das eleições na Paraíba.
Fim da pré-candidatura de Lígia Feliciano
Com a intervenção no PDT estadual, a pré-candidatura de Lígia Feliciano ao Governo do Estado fica prejudicada e não tem mais o aval da Direção Nacional. Questionado sobre a postulação da vice-governadora, Lupi disse que o partido buscará ‘uma nova fase’ na Paraíba.
“Esse ato de deserção às vésperas do prazo foi doloroso. Agora vamos ver uma nova fase. Uma instituição partidária não é um clube de amigos, mas precisa ter responsabilidade e respeito à sua história e a seus companheiros. (…) A saída do Damião foi uma prova cabal da falta de consideração e de respeito e teremos que reconstruir o partido de uma forma dolorosa. Mas ficaremos mais fortes”, afirmou Lupi.
Em contato com o blog na semana passada, a antiga direção do partido na Paraíba ainda reafirmava a manutenção da pré-candidatura de Lígia tendo como pano de fundo a formação de um palanque para o presidenciável Ciro Gomes.
Ainda na entrevista, Lupi confirmou que o PDT formará uma comissão interventora para “reconstruir o partido”, nas palavras dele. O advogado Marcos Ribeiro, um dos fundadores da legenda e representante da Comissão de Ética Partidária, é quem vai ficar à frente do partido na Paraíba.
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