TSE pede explicação do Cade e ministro sobre investigações em institutos


 O corregedor-geral do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o ministro Benedito Gonçalves, deu três dias para o ministro da Justiça, Anderson Torres, e o presidente do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para se explicarem sobre as investigações em pesquisas eleitorais. Para Benedito, houve indícios de desvio de finalidade no inquérito, que favorecia a campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL).

“Determino a intimação de Alexandre Cordeiro Macedo, presidente do Cade, e Anderson Torres, ministro da Justiça, para que, no prazo de 3 dias a contar do recebimento da comunicação eletrônica, manifestem-se a respeito dos indícios do desvio de finalidade em tese caracterizado pelo uso de órgãos administrativos para lograr objetivos eleitorais”, escreve o corregedor na decisão.

Na última quinta-feira (13), a Polícia Federal (PF) abriu um inquérito para investigar os institutos que divulgavam pesquisas eleitorais de intenção de voto, como o Datafolha, Ipec, Ipespe e outras. A abertura foi um pedido de Anderson Torres, que atendeu a um ofício da campanha do presidente.

No último dia 2 de outubro, o ex-presidente Lula (PT), líder das pesquisas de intenção de votos, manteve a liderança para Bolsonaro, mas com uma vantagem muito menor. Ao final das apurações, o petista ficou com 48,43%, enquanto o liberal terminou com 43,20%. A expectativa do Instituto Datafolha e de outros era que o presidente ficasse entre 34 e 38%.

No entanto, na mesma quinta-feira (13), o presidente do TSE, Alexandre de Moraes, tornou sem efeito as medidas da PF, alegando que cabe a Justiça Eleitoral essa fiscalização.

MaisPB com g1




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