Amigo pode responder por homicídio culposo após luta de jiu-jitsu que terminou em morte, na Paraíba

 


A Polícia Civil da Paraíba investiga o caso do lutador de jiu-jitsu que morreu em João Pessoa após luta com um amigo, antes de uma aula de muay thai, no bairro Funcionários I. O fato aconteceu na noite dessa quinta-feira (26). Gil Anderson tinha 21 anos e teria iniciado uma espécie de aquecimento com o amigo, identificado como Arthur, quando passou mal durante a luta na praça do bairro. O amigo pode responder por homicídio culposo, sem intenção de matar, mas delegado disse que ainda espera mais evidências das circunstâncias do caso para dar uma conclusão ao inquérito.

O delegado Paulo Josafá informou que, até agora, se mostra que o fato ocorreu de forma involuntária. “Uma fatalidade. Mas as investigações ainda estão em fase preliminar. Vamos ouvir em depoimento a família, amigos, o professor, o colega que lutou com ele e aguardar os resultados dos exames toxicológico e cadavérico.”

Ainda segundo o delegado, Gil Anderson e Arthur eram amigos de muito tempo e graduados em jiu-jitsu e quiseram “fazer uma espécie de aquecimento” antes da aula de muay thai, no Centro de Referência da Juventude, no Funcionários I.

Arthur contou ao delegado Paulo Josafá, em conversa preliminar, que lutou com Gil Anderson e, em certo momento, ficou por cima do amigo. Vendo que Gil soltou a mão, Arthur perguntou: “você desistiu?” Então, Arthur percebeu que Gil estava sem sentido, com a língua pendurada e a boca aberta. Ele e os demais colegas socorreram o lutador, o professor da turma chegou e fez respiração boca a boca e outros primeiros socorros. Sem a chegada do Samu, o grupo levou Gil em um carro particular até a UPA de Cruz das Armas. A médica tentou intubar Gil, mas ele apresentava edema de glote, o que inchou e fechou a garganta do jovem, impedindo sua respiração.

A Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Cruz das Armas recebeu Gil Anderson em estado gravíssimo, com parada cardiorrespiratória. Ele foi atendido na área vermelha, com nível de consciência rebaixado em respiração agônica, que é a respiração dificultada e com espasmos. Além disso, apresentava baixo nível de oxigênio no sangue.

Ainda de acordo com nota da Secretaria Municipal de Saúde, “a equipe realizou protocolo de RCP [ressuscitação cardiopulmonar] e 10 ciclos de reanimação, com realização de choque para cardioversão, mas não obteve sucesso.”

Gil Anderson está sendo velado nesta sexta-feira e será sepultado ainda hoje sob forte comoção de familiares e amigos.

 

 

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