Empaer realiza pesquisa sobre ração animal e produção de carne ovina à base de palma forrageira

 


Com a crescente procura por carne caprina no cardápio alimentar em restaurantes e de famílias que planejam alimentação saudável, a Empresa Paraibana de Pesquisa, Extensão Rural e Regularização Fundiária (Empaer), vinculada à Secretaria de Estado do Desenvolvimento da Agropecuária e da Pesca (Sedap), concluiu mais uma etapa da pesquisa que atende a este público consumidor, inclusive para a exportação, cujo mercado está cada vez mais exigente quanto ao corte de carne. A ação também possibilita redução de custos e, consequentemente, uma maior renda para o criador.


Segundo o presidente da Empaer, Nivaldo Magalhães, esta pesquisa é muito importante para produção de carne de ovinos na Paraíba, pois no momento se discute a abertura do abatedouro de caprinos e ovinos de Monteiro. A Empaer vem desenvolvendo várias pesquisas, com apoio da  Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado da Paraíba (Fapesq), utilizando rações à base da palma forrageira, para produção de carne e de leite ovino.

Conforme o pesquisador Wandrick Hauss de Sousa, gerente de Pesquisas da Empaer, os trabalhos agora concluídos visaram uma avaliação bioeconômica de ovinos terminados em confinamento alimentados com dietas (ração) ofertadas na forma in natura e ensilada (preparada e armazenada em silo), à base de palma forrageira e feno de tifton.

“O experimento teve como objetivo avaliar o efeito de diferentes dietas sobre o desempenho e as características quantitativas e qualitativas da carcaça de cordeiros ovinos mestiço de Santa Inês”, explicou. A pesquisa foi realizada na Estação Experimental Benjamim Maranhão, localizada no município de Tacima-PB, e o abate e avaliação de carcaça foram realizados no abatedouro da Estação Experimental Pendência, localizada no município de Soledade-PB, ambas unidades pertencentes à Empaer. 

Foram utilizados 32 cordeiros mestiços de Santa Inês, com peso médio inicial de 24,9 kg. Os animais foram submetidos a dieta in natura e ensilada, e dois níveis de fibra (10 e 30%) com oito repetições e quatro tratamentos, sendo: ração de baixa fibra in natura; silagem de ração completa de baixa fibra; ração de alta fibra in natura; e silagem de ração completa de alta fibra. 

Os animais apresentaram ganho de peso diário de 243,79g; 291,52g; 293,62g e 295,13g, respectivamente. Os resultados obtidos foram: os animais alimentados com ração de alta fibra obtiveram os maiores pesos vivo ao abate, de carcaça quente e fria (35,52 kg; 17,80 kg e 17,25 kg, respectivamente). O tratamento no qual os animais foram submetidos à ração de alta fibra in natura proporcionou resultados acima dos demais tratamentos para peso vivo ao abate, peso da carcaça quente e peso da carcaça fria.

A utilização da palma forrageira como complementação da ração dos animais também é muito importante neste programa porque agrega valores à criação de ovinos, permitindo, com isso, a redução de custos e, consequentemente, uma maior renda para o criador.

A pesquisa foi financiada pela Fapesq e executada com apoio da Empaer e colaboração da UFPB, com a supervisão do chefe da estação Experimental de Tacima, zootecnista Jefferson Viana. Esse trabalho faz parte do pós-Doutorado de Thiago de Sousa Melo, com orientação de Wandrick Hauss, pesquisador da Empaer, e da tese do aluno Guilherme Medeiros Leite (UFPB), orientado pelo professor Édson Mauro, da UFPB.


SECOM PB




FALA PARAÍBA BORGES NETO 

Comentários