Suspeito de participar de incêndio a ônibus é preso novamente após morte de motorista

 

O motorista de transporte alternativo, Antônio Gomes da Silva, acusado de incendiar um ônibus de transporte coletivo no bairro Padre Zé, em João Pessoa, foi preso novamente nesse domingo (30) em sua residência, no município de Bayeux. Ele tinha sido colocado em liberdade pela Justiça no último sábado durante audiência de custódia.

Com a morte do motorista, a Justiça expediu mandado de prisão contra Antônio Gomes da Silva. O mandado foi cumprido por policiais militares e a prisão foi decretada pela juíza Higyna Josita Simões de Almeida, que havia concedido liberdade a Antonio na audiência de custódia.

Ele foi transferido para a Central de Polícia e aguarda nova audiência de custódia. A Polícia Federal convocou entrevista coletiva para detalhar a prisão nesta segunda-feira (31).

“Junte-se a isso o fato de que, além da morte do motorista e das lesões sofridas pelas passageiras, ainda, existem indícios de ter o representado participado do crime de incêndio em veículo de transporte público, atentando contra o funcionamento do serviço público em questão, o que também se mostra uma conduta extremamente grave, a justificar a prisão” destacou a magistrada, ao decretar a prisão preventiva, nesse domingo (30), para salvaguarda do bem jurídico da ordem pública e garantia da instrução criminal, tutelado pelo artigo 312, caput, do Código de Processo Penal (CPP).

A magistrada ainda informou que, diante da colheita de novas provas que revelam indícios de materialidade e autoria do investigado no crime, se tem o novo pedido de cerceamento da liberdade de Antônio Gomes da Silva, dada nova análise sobre os requisitos e fundamentos da prisão preventiva do representado.

Segundo a juíza, as condutas criminais, em tese praticadas pelo acusado, têm penas privativas de liberdade superiores a quatro anos, o que atende ao disposto no artigo 313, I, do CPP. “Necessário que se diga que nenhuma das medidas cautelares diversas da prisão têm o condão, ainda que aplicadas todas em conjunto, de formar presunção de proteção suficiente ao bem jurídico da ordem pública, tendo em vista que se solto estiver”, complementou.

Vítima do incêndio, o motorista do ônibus, Silvano da Silva, de 48 anos, faleceu na madrugada do domingo, após 11 dias internado no Hospital de Emergência e Trauma.

MaisPB

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