Setembro Amarelo: Psicólogo alerta para o aumento dos casos de suicídio; Paraíba ocupa o 4º no Nordeste
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O psicólogo, Everton Procópio, fez um alerta, na tarde desta terça-feira, (5), para o grande número de casos de suicídio. Durante entrevista ao Programa Arapuan Verdade, do Sistema Arapuan de Comunicação, ele afirmou que, o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, publicado neste ano, na Paraíba entre 2021 e 2022, houve um aumento de 6,4% a 8,0% de registros de suicídio, um salto de 253 a 317 mortes por ano. Quase um suicídio por dia em 2022, colocando o Estado em quarto lugar no Nordeste com maior número de casos de suícídio, onde os jovens de 15 a 29 anos é a faixa etária mais prevalente.
Para o psicólogo, é importante compreender que o suicídio não se trata de querer acabar com a própria vida, mas sim de buscar se livrar (erroneamente) de um sofrimento insuportável. É algo que muitas vezes é realizado por impulso e na maioria dos casos poderiam ser evitados. ” Alguns fatores de risco podem estar relacionados a experiências de vida traumáticas, abusos de substâncias, transtornos psiquiátricos, como a depressão, a bipolaridade, ausência de apoio social, violência doméstica, impulsividade, histórico de bullying e humilhação”, revelou.
Everton Procópio explica que os gatilhos são diferentes de pessoa para pessoa, porém para alguns podem ser: ausência de vínculos, por exemplo, perda de emprego, onde quebrou o vínculo de trabalho; Término de relacionamento (namoro, amizade, divórcio), ou seja, ausências de vínculos familiares e sociais, levando o indivíduo ao isolamento, desamparo, retraimento social e a solidão. Além disso, o estresse; problemas financeiros; discussões com colegas de trabalho; alteração na rotina de sono (insônia ou hipersonia), uso de roupas longas mesmo quando está calor (tentativa de esconder autolesões), dentre outros podem ser sinais e desencadeadores do sofrimento psíquico.
” Então, quando a pessoa muda suas condutas e seu comportamento habitual e isso passa a prejudicá-lo, seja no trabalho, na vida social, na vida escolar ou em qualquer outro contexto, essas alterações devem servir de alerta. Toda ameaça de suicídio deve ser tratada com respeito e responsabilidade e atenção. Qualquer um de nós pode passar por momentos de falta de ânimo para realizar tarefas diárias. No entanto, é preciso estar atento quanto ao tempo e a frequência que se sente essa desmotivação e falta de energia”, alertou.
Ele disse ainda que não se pode minimizar e ignorar as falas de ideias quando alguém pensa em desistir de viver, como “quero sumir”, “vou desaparecer”, “não queria ter nascido”, “queria dormir e acordar em outro mundo”, dentre outros. ” Portanto, não subestimar a dor do outro, ouvir a pessoa, ser empático com o sofrimento do próximo são cuidados necessários para evitar que o suicídio ocorra”, orienta o psicólogo.
Everton Procópio destaca também que, além disso, buscar apoio psiquiátrico e psicológico é fundamental para o tratamento de pensamentos distorcidos que geram sofrimento emocional e social, bem como ter uma alimentação saudável, busca da espiritualidade, ter uma rotina de sono de qualidade, prática de exercícios de físicos e estabelecer Contatos de amizades, são estratégias eficazes que promovem a saúde mental e bem-estar emocional.
” A campanha do Setembro Amarelo é um mês dedicado a conscientização da prevenção ao suicídio e valorização da vida, embora essa ação precisa ser realizada de janeiro a janeiro, o ano inteiro”, finalizou.
- PARAÍBA.COM
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