Empresário desembolsa R$ 600 mil para pagamento de folha do Hospital Padre Zé

 

O empresário Roberto Santiago custeou o pagamento da folha salarial dos médicos do Hospital Padre Zé, localizado em João Pessoa, referente ao mês de agosto. A informação foi divulgada em primeira mão pelo programa Arapuan Verdade, do Sistema Arapuan de Comunicação nesta terça-feira (21).

Segundo informações do programa, o desembolso realizado por Santiago em setembro totalizou R$ 600 mil.

Além disso, o empresário se comprometeu a liderar um grupo composto por 10 empresários, que irá financiar os pagamentos dos médicos pelos próximos três meses. Segundo o diretor da unidade, Padre George, o custeio total mensal da folha de pessoal no Padre Zé é aproximadamente R$ 700 mil.

Durante audiência no Tribunal de Contas do Estado (TCE-PB), Padre George Batista apontou que as receitas do hospital sofreram uma queda significativa devido ao escândalo na gestão do ex-diretor Padre Egídio. O Ministério Público alega que Egídio desviou aproximadamente R$ 140 milhões em recursos do Hospital Padre Zé para a aquisição de 29 imóveis de luxo na Paraíba, Pernambuco, São Paulo e Paraná, além de outros bens, como bebidas, obras de arte e animais.

O empresário paraibano Roberto Santiago fundou os shoppings Manaíra e Mangabeira, em João Pessoa, tendo sido um dos pioneiros do ramo em todo o país. O Manaíra Shopping foi aberto ainda em 1989, se tornando o primeiro da região Nordeste. Já o Mangabeira Shopping foi fundado em 2014 e se consolidou como principal centro comercial de João Pessoa fora da região de orla.

Operação

A Justiça da Paraíba expediu três mandados de prisão contra ex-dirigentes do Hospital Padre Zé, de João Pessoa. E um deles é o padre Egídio de Carvalho Neto, ex-diretor da unidade hospitalar, que é suspeito de desvio de verba contra a instituição na ordem de até R$ 140 milhões. Ele foi preso nesta sexta-feira (17).

O delegado André Marcedo, da Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco), informou que o padre Egídio se apresentou às autoridades. Sob custódia, ele passou por exame de corpo de delito no Intituto de Medicina Legal (IML) e foi levado para a Central de Polícia, onde deve aguardar a audiência de custódia.

Outras duas pessoas também são alvo dos mandados de prisão: a ex-tesoureira da instituição, Amanda Duarte, e a ex-diretora administrativa, Jannyne Dantas. Elas seguem foragidas.

A determinação das prisões foi do desembargador Ricardo Vital, do Tribunal de Justiça da Paraíba. O pedido inicialmente havia sido negado pelo juiz da 4ª Vara Criminal de João Pessoa, mas o Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) recorreu da decisão. O desembargador elenca a garantia da ordem pública, a conveniência da instrução criminal e o asseguramento da aplicação da lei penal para justificar as prisões.


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