Candidíase é mais frequente no verão. Especialistas explicam os sintomas e como evitar

 


As recentes ondas de calor somadas ao início do verão são um convite para aproveitar um dia ensolarado na praia ou na piscina. No entanto, a chegada da estação mais quente do ano também está associada com o aumento dos casos de candidíase nas mulheres. Segundo a Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo (Sogesp), cerca de 75% das mulheres são afetadas pela doença, aumentando a recorrência durante a estação por conta da alta umidade presente nos ambientes. Para evitar essa doença, foi consultado os ginecologistas Eduardo Sérgio e André Vinícius.

Segundo Eduardo Sérgio, a doença está associada à queda da imunidade, uso de antibióticos, anticoncepcionais, imunossupressores e corticoides. Ela é causada por um fungo que já existe em pequenas quantidades no organismo humano, porém em proporção maior pode causar desconforto e irritação, especialmente em mulheres. E com o excesso de umidade no período do verão, é comum ter um aumento no número de diagnósticos. “A candidíase é uma infecção pelo fungo da cândida que pode afetar várias regiões do corpo: a boca, o ânus e, também, a vagina, que é o mais frequente, a candidíase vaginal”, disse o ginecologista.

Eduardo Sérgio, explica ainda que em quantidades maiores, o fungo vai provocar um prurido intenso, irritação na pele e desconforto na atividade sexual. Além disso, é importante destacar que a doença não é uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST). “Não é uma doença ou infecção sexualmente transmissível. Às vezes, as mulheres chegam ao consultório apavoradas, achando que adquiriram uma IST.”

Assim também, pensa o ginecologista Vinícius, no qual cita que a infecção é bem mais comum durante a estação do verão por conta das condições climáticas que são mais favoráveis ao crescimento do fungo Cândida, que se multiplica em ambientes quentes e úmidos, explica o médico. Ele detalha ainda que o sintoma mais conhecido da candidíase, e também o que mais gera desconforto entre as mulheres, é a coceira. Além disso, a paciente pode apresentar inchaço, corrimento espesso e branco e incômodo durante a relação sexual e ao urinar.

Os tratamentos recomendados variam de acordo com o tipo de candidíase, sendo feitos, geralmente, por meio do uso de antifúngicos. Todavia, é preciso ressaltar que as pessoas não devem fazer uso de medicação sem orientação médica. “Existe o tratamento daquela fase aguda, onde você vai utilizar medicamentos antifúngicos via oral e também cremes, para um tratamento local”, descreve Eduardo. Ele reforça ainda que, na gravidez, o tratamento via oral não pode ser utilizado, sendo indicado apenas o tratamento com cremes por um período mais prolongado.

PB AGORA



 FALA PARAÍBA BORGES NETO 

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