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O ex-coach e candidato do PRTB nas eleições municipais de São Paulo Pablo Marçal condicionou nesta terça-feira, 8, o apoio a Ricardo Nunes (MDB) no segundo turno a uma retratação “formal” dele, do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), do ex-presidente Jair Bolsonaro e do pastor Silas Malafaia — que fez ampla campanha contra ele.
“O que eu não entendo é a covardia dos conservadores contra mim. Não vou apoiar Ricardo Nunes. Ele não vai ter meu apoio pessoal pela arrogância dele”, disse o ex-coach. Em seguida, ele chamou Tarcísio de “goiabinha” e disse que o governador ficou “25 minutos no telefone com meu braço direito (Felipe Sabará)” nesta tarde tentando convencê-lo a apoiar o emedebista.
Marçal afirmou que quase metade dos seus eleitores “não vem da direita” e que ganhou em pelo menos seis regiões de São Paulo que elegeram Lula em 2022. “Tenho certeza que ele (Boulos) vai vencer. Boulos e Lula têm a linguagem do povo”, disse o ex-coach. Ele não economizou críticas a Tarcísio, a quem chamou de “candidato do sistema” para 2026, “canalha” e “traidor do povo”. Um apoio ao psolista, segundo Marçal, está completamente descartado. “Nunca vou apoiar gente da esquerda.”
Convite de 4 siglas
Depois do resultado de domingo, 6, Marçal disse que foi procurado por quatro partidos grandes que estariam interessados em encampar sua carreira política, mas que não pretende abandonar o PRTB agora. “Prefiro ser um príncipe de um partido pequeno”, disse o ex-coach.
Ele foi questionado por jornalistas sobre o laudo falso que dizia que seu adversário Guilherme Boulos teria sido internado por uso de cocaína. “Meu time publicou na minha conta, nem cheguei a ver. Publicou de boa-fé”, justificou Marçal. Ele disse que vai “responder e vencer” os mais de 200 processos que recebeu por conta do período eleitoral e reiterou os planos de concorrer ao Planalto em 2026.
Depois da entrevista coletiva concedida a jornalistas, o ex-coach ministrou uma palestra a apoiadores e correligionários, onde foi recebido aos gritos de “presidente”. Ainda na coletiva, ele repetiu o tom de domingo, quando falou que não se sentia derrotado. “Eu me sinto o político mais poderoso do Brasil hoje”, arrematou Marçal.
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