João Pessoa possui menor taxa de moradores em Favelas e Comunidades entre as capitais do Nordeste, aponta IBGE


 Segundo os dados do Censo Demográfico 2022: Favelas e Comunidades Urbanas – Resultados do Universo, divulgados nesta sexta-feira (8) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o número de brasileiros que residem em favelas aumentou nos últimos dez anos, atingindo 16,4 milhões de pessoas, o que corresponde a 8,1% da população total do país.No Nordeste, João Pessoa se destaca com a menor taxa de moradores de favelas, com apenas 13% da população da capital paraibana vivendo nessas condições.

Em contraste, Salvador apresenta a maior proporção, com 43% de seus habitantes vivendo em favelas. São Luís vem logo em seguida, com 35%, enquanto Fortaleza e Recife têm 24% de sua população nessas áreas. Outras capitais nordestinas, como Teresina (23%), Natal (19%), Aracaju (17%) e Maceió (16%), também registram percentuais superiores ao de João Pessoa.

Na Paraíba, em 2022, havia 282 Favelas e Comunidades Urbanas, distribuídas em 12 municípios do Estado, o que corresponde a 2,3% das 12.348 Favelas e Comunidades Urbanas existentes no Brasil. No Estado, a grande maioria delas (80,5%) estava localizada na concentração urbana da capital, que é composta pelos municípios de João Pessoa (157), Cabedelo (25), Bayeux (23), Santa Rita (11), Conde (7) e Lucena (4). Os demais municípios paraibanos com tais territórios eram: Campina Grande (23), Sousa (10), Cajazeiras (8), Patos (7), Cruz do Espírito Santo (6) e Juripiranga (1).

Em 2022, a população residente nas FCUs paraibanas totalizava 210.485 pessoas, o que equivale 5,3% da população estadual, percentual que figura entre os dez menores apresentados por todas as unidades da federação, sendo inferior à média nacional (8,1%). Já nas FCUs da concentração urbana da capital, moravam 168.867 pessoas, o que corresponde a 14,4% da população total dessa concentração urbana (1.173,268 habitantes).

A análise pelo critério do número de domicílios das FCUs mostra que, na Paraíba, 83,3% delas (235) tinham menos de 500 domicílios; 11,7% (33) tinham mais de 500 e menos de 1.000 domicílios; enquanto 5,0% (14) tinham 1.000 ou mais domicílios. Em termos de população residente, 57,4% (162) tinham menos de 500 habitantes; 21,6% (61) tinham mais de 500 e menos de 1.000 moradores; e 20,9% (59) tinham 1.000 ou mais residentes.

Do total de pessoas residentes nas favelas e comunidades urbanas paraibanas (210.485 pessoas), em 2022, 99,5% (209.491 pessoas) moravam em domicílios particulares permanentes, enquanto 0,4% (919 pessoas) residiam em domicílios particulares improvisados e menos de 0,1% (75 pessoas) eram moradores em domicílios coletivos.

Bruno Lira / FALA PARAÍBA BORGES NETO 

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