Carla Zambelli entra na lista vermelha da Interpol e pode ser presa a qualquer momento

 



A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) teve seu nome incluído na difusão vermelha da Interpol nesta quinta-feira (5), tornando-se passível de prisão em qualquer país do mundo. A decisão foi tomada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que decretou sua prisão preventiva.


De acordo com informações, a medida ocorre após Zambelli deixar o Brasil 20 dias depois de ser condenada a 10 anos de prisão, em regime fechado, pela participação na invasão hacker aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). O ministro Moraes justificou a inclusão de Zambelli na lista da Interpol alegando que a deputada mantém “intuito criminoso ativo e reiterado”, insistindo na divulgação de notícias falsas e ataques ao Poder Judiciário.
Segundo o ministro, foi mandado bloquear os passaportes de Zambelli, inclusive o documento diplomático que a deputada possui em razão do cargo.

Carla Zambelli anunciou na terça (3), que está fora do Brasil e que pretende pedir licença do mandato para viver na Europa e denunciar o STF junto a lideranças da direita internacional. Não há registros da saída dela do País. Ela afirmou inicialmente que se encontrava nos Estados Unidos.

Nesta quinta, o blogueiro bolsonarista Paulo Figueiredo afirmou que a deputada deixou os Estados Unidos e está “bem e em segurança” na Itália. Questionada, a assessoria de Zambelli não responde sobre a atual localização da parlamentar.

Em sua decisão, Moraes afirma que o “intuito criminoso” da deputada “permanece ativo e reiterado” e que ela insiste “na divulgação de notícias fraudulentas, no ataque à lisura das eleições e nas agressões ao Poder Judiciário”.

Carla Zambelli foi condenada pela Primeira Turma do STF a 10 anos de prisão, em regime inicial fechado, e à perda do mandato pela invasão hacker aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Para os ministros, o ataque foi articulado em uma tentativa de colocar o Poder Judiciário em descrédito. A pena só não começou a ser cumprida porque há recursos pendentes.

Segundo Moraes, a deputada tentou “se furtar da aplicação da lei penal” ao deixar o Brasil 20 dias após ter sido condenada pelo STF.

A deputada também responde a um processo criminal no Supremo Tribunal Federal por perseguir um homem com uma pistola na véspera do segundo turno das eleições de 2022.

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