Milanez Neto diz que houve falta de diálogo com Cartaxo e admite construção de aliança com João para 2022

 

“Vereador não pode apenas ficar servindo para bater palma e elogiar, ele tem que participar ativamente das discussões”. A declaração é do vereador Milanez Neto (PV) durante entrevista ao Rede Verdade, do Sistema Arapuan de Comunicação nesta quinta-feira (20), ao apontar que houve ausência de diálogo do ex-prefeito Luciano Cartaxo (PV) com parte da sua base aliada na construção e escolha da candidatura de Edilma Freire nas eleições de 2020.

Segundo o parlamentar, a construção do nome foi feita sem ouvir o grupo em sua totalidade e essa postura adotada pelo ex-prefeito levou a um erro que prejudicou a base do partido. “Acredito que sim [erro], e não acho nada melhor do que reconhecer os erros. As pessoas só crescem na política quando você pode olhar e dizer algo, não só na política, mas na vida”, disse.

“Eu pessoalmente acho que para escolher candidatura a gente precisa ouvir as pessoas, os partidos, as ruas. Eu naquele instante não participei daquela discussão, deve ter sido ouvido um outro grupo, porém, eu não participei. Vereador não pode apenas ficar servindo para bater palma e elogiar, ele tem que participar ativamente das discussões”, explicou.

Questionado se haveria espaço para construção de uma candidatura de Luciano Cartaxo, que tem o nome especulado na chapa majoritária de 2022, Milanez afirmou que é necessário amadurecer a ideia para não cometer os mesmos erros de 2020. “A gente não pode tratar uma eleição de governador no achismo e levar as pancadas que levamos a dois anos atrás. A gente tentou criar uma candidatura de última hora, jogamos para a cidade, para o estado, e terminamos prejudicando um grupo por inteiro”, afirmou.

Indagado se há espaço no palanque para uma construção de aliança entre Cícero Lucena (PP) e João Azevêdo (Cidadania), o vereador citou que as discussões serão iniciadas no tempo certo e que vai seguir a orientação da bancada. “Eu sou de grupo e estou na bancada de Cícero e irei discutir com ele quando for chamado os vereadores, a bancada e aí decidimos qual posição política terá que ser tomada para 2022″, disse ele.

“Ainda estamos especulando, eu pessoalmente já disse isso publicamente e vou repetir, não votei em João Azevêdo em 2018, mas eu o respeito e passei a admirá-lo por meio das posições corajosas que ele tomado diante da pandemia. Não é fácil você enfrentar uma sociedade, seja minoria, até pequena, que dizia que tem que abrir [flexibilização decreto], e ele chegava e falava que vai fechar [restrição]. E no final terminou dando certo”, concluiu.

Confira outros trechos da entrevista:

Projeção pessoal para 2022
“Eu vou participar da disputa de 2022, cumpri o meu primeiro mandato, eleito com 4.300 votos, reeleito com 6.300, o que me credencia para entregar o meu nome ao Estado da Paraíba e disputar um mandato ou na Assembleia, ou na Câmara Federal”.  

Possível mudança de partido
“Sim, posso sair, assim como posso continuar. Eu não tenho divergências no meu partido, agora na legenda que eu estiver na próxima eleição, eu preciso ser ouvido. Por ser vereador, eu sei qual a realidade da minha cidade e o que as pessoas esperam. Onde eu puder contribuir, é onde vou estar”.

Abertura ao dialogo para 2022
“A política é a arte do diálogo, eu não tenho problema pessoal com nenhum personagem político. Eu faço parte de uma bancada, irei ouvir o posicionamento dela, o prefeito Cícero, o meu partido e no momento certo tomarei a posição que a minha consciência encaminhar”.


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