Viúva da Mega-Sena é considerada ‘indigna’ de herança de ex-marido

 

Adriana Ferreira Almeida Nascimento, conhecida como a “Viúva da Mega-Sena”, foi considera “indigna” de receber parte da herança do ex-marido René Senna, que ficou milionário após ganhar um dos sorteios da loteria.

A mulher cumpre uma pena de 20 anos de prisão como mandante do homicídio do milionário e ex-lavrador, morto a tiros em janeiro de 2007 por dois homens, em Rio Bonito, na Região Metropolitana do Rio. O juiz Pedro Amorim Gotlib Pilderwasser, titular da 2ª Vara Criminal da cidade fluminense, justificou que “em razão da participação da ré no homicídio, defende a sua exclusão da sucessão pela configuração de indignidade”.

Adriana foi condenada em dezembro de 2016 pela morte de René. De acordo com a sentença, a ex-cabeleireira ordenou a morte do marido após ele ter dito que iria excluí-la do testamento, pois havia descoberto que estava sendo traído.

Uma decisão do STJ (Superior Tribunal de Justiça), publicada em maio de 2021, já havia anulado o testamento da vítima que beneficiava a mulher, que herdaria metade de um espólio construído sobre o prêmio, de R$ 52 milhões.

Mas, no mesmo ano, o caso ganhou dois novos recursos, um movido pela viúva e outro pela filha de René, Renata Almeida Sena, que pediu à Justiça a revalidação do testamento que beneficiava a assassina de seu pai, sacramentado três meses antes do crime, em vez de um primeiro que dividia a herança entre ela e os tios, irmãos do ex-lavrador.

Os dois testamentos cedem 50% dos bens à Renata, mas, se o documento elaborado poucos meses antes do assassinato fosse considerado válido e Adriana fosse novamente julgada como indigna do patrimônio, a herança iria integralmente para a filha.

A ação julgada pelo Tribunal de Justiça do Rio era movida pela filha do ex-lavrador.

O crime

Renê foi morto a tiros em 7 de janeiro de 2007. Ele foi surpreendido em um bar, próximo à sua fazenda, por homens armados e morreu no local.

Adriana foi condenada por encomendar a morte do marido e cumpre pena desde 2018. Ela foi presa em Tanguá, na região metropolitana do Rio, 11 anos após o crime.

O casal começou a namorar em 2006, um ano após Renê ganhar o prêmio da Mega-Sena. Diabético, ele vivia em uma cadeira de rodas, pois havia perdido as duas pernas por causa de uma doença.

 EXPRESSO PB


FALA PARAÍBA-BORGES NETO

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