OFICINA DE PIFANO FOI UM DOS DESTAQUES DO CARAÚBAS CULTURAL 2023

  


Originário da Europa medieval e com ampla adaptação em terras tupiniquins, o pife brasileiro é utilizado no Nordeste em cerimônias religiosas e festejos, principalmente os juninos. Nos últimos dois anos, o instrumento tem sido alvo de pesquisa cujo trabalho ganha amplitude por meio de publicações impressas. O projeto faz parte do esforço de colocar as bandas de pífanos na lista de patrimônios imateriais do Ministério da Cultura e do Iphan, assim como ocorreu com o frevo, samba e cavalo marinho.

 Na edição 2023 do Caraúbas Cultural, a valorização desse instrumento se transformou numa oficina coordenada pelo professor Laudivan Freitas e com a participação de dezenas de jovens do município.

 Conhecido por pife, é flauta transversal de material cilíndrico com sete furos (um para soprar e seis para dedilhar). Feito de bambu, pode ser construído em PVC, metal, galho de mamoeiro, osso ou barro. Há pifes de três tamanhos: “meia régua” (mais agudo, de 32 centímetros), “três quartos” (o mais popular, de 36 centimentros) e “régua inteira” (usado em ocasiões informais, de 38 a 40 centímetros).

 Ainda dentro da programação do Caraúbas Cultural 2023, a Oficina de Cordel encantou as crianças, jovens e adultos do município. A oficina foi realizada pelo poeta cordelista Mauricelio Silva da cidade de Camalaú.

 O cordel, embora tenha chegado em terras brasileiras pelos portugueses, é tradicionalmente conhecido pela sua forte presença na cultura do norte e nordeste do Brasil.

 O poeta Mauricelio abordou as técnicas de como criar um cordel que ficou conhecido como uma espécie de poesia popular. Ao narrar histórias com elementos do folclore típico da região, sua linguagem simples caiu na graça do povo. Os autores eram chamados popularmente de “poetas de bancada” ou “poetas de gabinete”. Um tempo depois foram nomeados de repentistas. E assim nasceu a literatura de cordel.

 “O Caraúbas Cultural tem essa particularidade de incentivar e motivar diversos níveis sociais da sociedade em manter viva as nossas tradições culturais”, afirmou a secretária Silvana Myllena.

Do: Blog Agreste Notícia


FALA PARAÍBA BORGES NETO 

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