Os ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mantiveram, nesta quinta-feira (7), a cassação da chapa de vereadores do Partido Socialista Brasileiro (PSB) em Cacimbas, no Sertão paraibano por fraude na cota de gênero nas eleições de 2020.A decisão dos ministros seguiu posicionamento defendido pelo Ministério Público Eleitoral em parecer enviado à Corte. Quando comprovada a irregularidade, o órgão defende a cassação de todos os candidatos eleitos pelo partido que cometeu a fraude, assim como a anulação dos votos recebidos.
Em Cacimbas, o MP Eleitoral sustentou haver provas suficientes para demonstrar que o PSB lançou candidaturas femininas fictícias apenas com o objetivo de cumprir a cota prevista na legislação, o que configura fraude. Pela lei, cada partido ou coligação deve preencher o mínimo de 30% e o máximo de 70% de candidaturas de cada sexo nas eleições para vereador.
Entre as provas da irregularidade, segundo o Ministério Público, estão votações insignificantes ou zeradas, ausência de atos de campanha, prestações de contas com valores baixos e relação de parentesco com outro candidato. O MP Eleitoral reforça que todos esses elementos são características da fraude à cota de gênero estabelecidas pela jurisprudência do TSE.
No julgamento de hoje, a Corte Superior negou o recurso para manter o acórdão do Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba (TRE/PB), que já havia condenado o partido. Com isso, os votos recebidos pelo PSB para o cargo de vereador em Cacimbas nas eleições de 2020 foram anulados e os quocientes eleitoral e partidário terão que ser recalculados, para redistribuição das vagas. Também fica mantida a cassação dos diplomas dos eleitos e dos suplentes da legenda.
MaisPB
FALA PARAÍBA-BORGES NETO
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